Malaca é um pequena cidade que fica próxima a Kuala Lumpur, capital da Malásia. A cidade já foi colonizada por portugueses, holandeses, ingleses e fica em uma das principais rotas do mundo, no estreito de Malaca. Isso tudo fez com que todos quisessem conquistar a cidade alguns séculos atrás, o que trouxe uma mistura em tudo pela cidade.
O continente asiático é responsável pelo maior número de acionamentos do Seguro Viagem. Muita gente acaba passando mal, seja pela alimentação ou pelo calor excessivo que faz por lá. A Real Seguros é um comparador de seguro viagem que tem o melhor preço garantido. Faça uma cotação, pague em até 12x sem juros e viaje protegido.
Um pouco de história
Em outubro de 1511 os portugueses conquistaram Malaca, apesar da valente luta do sultão e seu povo. O palácio, as mesquitas e os edifícios adjacentes foram destruídos pelos bombardeios portugueses.
O sultão e seus seguidores foram forçados a recuar, pois os contra ataques montados pelo sultão e pelo povo de Malaca não surtiram efeito. Com isso, os portugueses conseguiram construir seu centro administrativo na colina de Malaca.

Mapa de Malaca – Crédito: Antônio de Bocarro (CC0) Wikimedia Commons
Os portugueses construíram uma igreja chamada “nossa senhora da colina” no terreno do palácio destruído. Esta igreja foi expandida e renomeada para igreja de São Paulo (St. Paul Church). A igreja de São Paulo é a igreja mais antiga do sudeste asiático.
A igreja e uma fortaleza (A Formosa) foram construídas a partir dos restos do palácio destruído. Os restos de ambas as estruturas são mantidas até hoje.

Um pouco do que restou da Fortaleza de Malaca
A estratégia da fortaleza portuguesa que cercou o centro administrativo da colina de Malaca foi um fator importante que contribuiu para o reinado português de 130 anos, antes de Malaca ser tomada pelos holandeses em 1641.
Os holandeses tentavam tomar Malaca dos portugueses desde 1600. Após anos de ataques sem sucesso, em 1641 finalmente os holandeses expulsaram os portugueses de Malaca com ajuda do povo de Johor, uma cidade Malaia.
Após a batalha, os holandeses repararam todos os danos na fortaleza, construindo conexões que davam acesso ao rio e mar e portões que fechavam durante a noite.
Até a igreja (St. Paul Church) que era católica foi convertida em protestante. Nessa época também foi construida a Stadthuys (prefeitura) e a mansão do governador.
Em 1790, com uma condição horrível na guerra contra a França lá na Europa, comandada por Napoleão Bonaparte, a Holanda foi obrigada a ceder temporariamente o governo de Malaca para os ingleses.

Porta de Santiago, uma das pontas da Fortaleza de Malaca
Quando os ingleses devolveram Malaca para os holandeses em 1819, a cidade estava totalmente em ruínas. Apenas o portão sul (Porta de Santiago) havia restado. O porto foi desativado e os holandeses perderam interesse em Malaca.
Foi então que para demarcar Malaca como território inglês, os mesmos construíram um mastro la no alto da colina de Malaca e ergueram uma bandeira britânica.
Fortaleza de Malaca
Durante o sultanato malaio, o porto de Malaca foi o mais movimentado do mundo por causa de 2 fatores. Primeiro, os governantes de Malaca deram um jeito de manter a segurança do estreito de Malaca. Assim conseguiram direcionar grande parte do fluxo comercial no mundo.
Em segundo lugar, a lei marítima de Malaca garantiu que o comércio fosse regulamentado de forma justa, vigiado pelo chefe do porto, que teve a última palavra em todas as transações.
Os comerciantes da Europa e outras partes da Ásia realizaram negócios em Malaca com um grau de confiança que faltava em outros lugares do sudeste asiático.

Outra ponta da Fortaleza de Malaca
O rio Malaca era uma via navegável movimentada durante o sultanato malaio, bem como durante o governo português e holandês.
Ao contrário do sultanato malaio, os portugueses e os holandeses abominavam o comércio livre. Quando os britânicos assumiram, eles ficaram mais interessados em desenvolver Penang e Cingapura às custas de Malaca.
O porto de Malaca finalmente caiu em negligência. No final do século 18 o estuário do rio de Malaca foi estreitado e sedimentado, se tornando menos apto a manejar navios de carga.
Como chegar
É possível ir de ônibus desde Kuala Lumpur. A viagem dura em média 2 horas e custa RM10 (R$ 7,50). Os ônibus partem da rodoviária chamada Bandar Tasik Selatan (BTS). Para chegar até ela, pegue o metro na estação Plaza Rakyat, que fica próxima à Chinatown. É a forma mais rápida e barata de chegar até a rodoviária.
Diversas empresas fazem o trajeto de ônibus até Malaca e partem a cada 30 minutos. Fique atento a vésperas de feriado, pois já ficamos na mão uma vez por causa disso. Esse terminal rodoviário vive lotado e nas vésperas de feriado fica quase impossível andar por ele. Se der, compre seu ticket online e poupe seu tempo na fila de compra do ticket na rodoviária. É só imprimi-lo e troca-lo em um dos guichês de troca da rodoviária.
Onde ficar
Sem dúvidas a região mais barata para ficar em Malaca é na Chinatown. Ficamos hospedados no Victor’s Guesthouse e aprovamos. O quarto para casal custa a partir de RM40 (R$ 30) com ventilador e banheiro compartilhado. Ele é bem arrumado, limpo e fica apenas 15 minutos andando das principais atrações da cidade.
Reserve seu hotel com o melhor preço no Booking
Veja todas as opções de hotéis em Malaca
O que fazer em Malaca
A cidade é pequena e mesmo dizendo que apenas um dia é suficiente para conhecer, eu discordo. Nosso plano era ficar 2 noites, acabamos ficando 3 e teríamos ficado bem mais se tivéssemos tempo.
Caminhar ao redor do rio
O rio que corta a cidade lembra muito algumas cidades européias. A maioria das paredes das casas são pintadas com street arts e os muros decorados com plantas. Além disso, são diversos barzinhos com mesinhas na beira do rio, alguns cafés e restaurantes para conhecer.

Cruzeiro pelo rio

Pôr do sol no rio

Street arts de Malaca
Quem quiser pode até fazer um passeio de barco pelo rio. O passeio custa a partir de RM15,90 (R$ 12). Os barcos partem de um pier que fica do lado oposto ao Casa Del Rio Hotel.
Leia também: 4 viagens de bate-volta a partir de Kuala Lumpur
Museu marítimo
Um grande barco que fica a beira do rio abriga um museu marítimo que conta a história dos barcos e caravelas que chegaram até Malaca durante seu período de conquista.
The Stadthuys
Foi construído pelos holandeses em 1650 depois de Malaca ser tomada dos portugueses. Stadthuys significa prefeitura em holandês. Serviu como centro administrativo holandês até 1824 e como residência do governador até o inicio do século 18.
Christ Church e a Dutch Square
A igreja fica junto a prefeitura e a praça holandesa bem no centro da cidade. É possível visitar seu interior e até participar de uma eucaristia.

Christ Church

Dutch Square
St. Paul Church, o Forte A Famosa e a Porta de Santiago
Ficam na colina de Malaca. É possível visitar o que sobrou da St. Paul Church e do Forte A Famosa. Contei um pouco da história lá no começo do texto.

St. Paul Church
Jonker Street
É a principal rua da Chinatown. É recheada de lojinhas, cafés, restaurantes e templos chineses. Aos finais de semana acontece um night market, lugar ideal para comer muita coisa diferente que só vi em Malaca.

Templo chinês na Jonker Street
Aproveite para comer um pastel de nata bem parecido com os vendidos em Portugal. Digo isso porque experimentei diversos em Kuala Lumpur que não chegaram nem perto do autêntico português.

Pastéis de nata

Coco servido dentro da carne
Lá também é possível achar um coco bem diferente, que é todo descascado e só sua carne com a água dentro é servida em um pote.
Onde beber e comer
Opções para comer e beber em Malaca não faltam. Nós experimentamos algumas comidas locais e conhecemos diversos bares e restaurantes interessantes por lá.
Barzinhos na beira do rio
Achamos alguns barzinhos com a cerveja bem em conta para padrões malaios. O que ficamos era novo e não possuía um nome, mas vou deixar a localização no mapa no início do post. Além da cerveja barata, a vista é a melhor de todas, bem na beira do rio.

Uma cerveja nos barzinhos ao redor do rio
Little India
Comemos por um valor bem em conta em um restaurante no início da Little India, que ficava bem próximo ao rio. Um prato local, o dal Baht indiano que vinha servido em uma folha de bananeira e era pra ser comido com a mão, custava 5RM (R$ 3,50).

Restaurante indiano
No prato vinha muito arroz, beterraba refogada, legumes ao curry, biscoito de lentilha e outras misturas. O bom é que você pode comer a vontade, pois eles passam colocando mais quando o seu prato acaba.
Chinatown
Diversos bares, restaurantes e cafés servem tanto pratos locais como internacionais. É possível achar desde os mais simples até os mais requintados, fica a seu gosto.
Bairro português
Quem espera achar pessoas falando português pelas ruas ou comidas típicas pode esquecer porque não tem. Apesar de muitos lugares dizerem que servem frutos do mar feitos na moda portuguesa, o prato vai ser malaio.

Restaurante no bairro português
Mesmo assim adoramos o bairro português que tem uma região de frente pro mar, com diversos restaurantes que servem frutos do mar. Comemos no Restoran San Juang que é o no 3. Os restaurantes ficam lado a lado, como se fossem box.

Nossa janta no bairro português
Um dos funcionários arranhava no português e dizia ser da terceira geração de uma família portuguesa. Pedimos caranguejo apimentado, uma porcão de mexilhões, lula frita e arroz. Foi muita comida que serviu bem nós 2 e pagamos 130RM (R$ 100) já incluso as 2 cervejas que tomamos.
Gostou do post? Então deixa seu comentário aí embaixo!!
- Curta Viaje Leve no Facebook
- Acompanhe minhas fotos no Instagram
- Siga-me no Twitter
- Veja todos os videos no Youtube